Em vez de tempo uma parábola.
A cura finge-se melhor assim, apócrifa
a grande solidão a galope da metáfora.
Queria dizer a nebulosa e o tempo
exacto da subida, soprar
rente à pele em magnífica eloquência —
a lucidez sobre o labor da traça.
A boca, se a tivesse, diria
a equivalência do beijo num versículo.
Melhor: arderia pura ao alto
calígrafa estrela, mística
como um candeeiro.
Uma ficção que curasse boca a boca
a sombra hermética, o corpo
em insolvência.
Que fosse de uma ponta à outra da noite
estéticas narinas sobre o reguengo
em aridez
dizendo à última geração:
eis o que sobra da ironia:
um caule enviesado atrás da luz.