As mulheres do meu país
ainda vestem o coração
com os xailes pretos
que não foram para França.
Os homens do meu país
chegam aqui aturdidos
com os batuques negros
e as metralhadoras da memória.
As crianças do meu país
ainda olham com olhares parados
as ruas sem chegada,
inocentemente ultrajadas pelo futuro!
E curvo-me enlutado
enquanto escondo a vergonha
que me envolve a alma,
e quebra os braços de revolta.
… e assim me dói nas veias
este país por nascer.