Impaciência de além. O longe acena
de um incerto país – mares montanhas,
tumultuosos íngremes distantes
mas próximos do anseio por mim dentro.
Descobrir as florestas encobertas
e rios se os houver serpenteando
e o colher frutos entretanto abertos,
molhar a boca de água ali brotando.
Descortinar o céu de azul perene,
encher de comoção tantos vazios,
fazer de imagens mais do que promessas,
a noite aniquilar co’a luz do dia.
E tu m’esperarás à beira-sol deitada,
olhos semi-cerrados lábios mudos
com cândidas e límpidas palavras:
nesse país estiveste sempre tu.