Autores / Poesia · Junho 1, 2021

Francisco Caeiro

As searas de trigo de Vila Viçosa, onde nasci em 1966, bebem do vento e da lua o jeito das marés, e agitam-se como o Atlântico que vejo dajanela de hoje, de onde também se vê Lisboa, o Tejo, e o mar. Farmacêutico por profissão, não renego jamais a alquimia dos sentidos, a contar histórias e a escrevê-las. Como pedaços de mim, as sílabas que trago ao peito, e que vou pousando, livres, no papel, têm aroma e tom de giesta, trigo… e sal.