Poemas · Junho 24, 2021

Fénix, de Maria de Fátima Mota

Há um rio de mágoas
Que me alaga o peito
Há um rio de saudades
Que me ofuscam o céu
E se esfumam no ar
Há um rio de lágrimas
Que não sabem chorar
E me tentam afogar
Há um rio de cinzas
Que terei de enterrar

Porque…

Haverá Primavera…
E desta bruma cerrada
E destas nuvens tão negras,
Qual Fénix,
Sempre haverá flores no jardim
Borboletas coloridas a esvoaçar
Gaivotas aguerridas
E, por todo o lado,
Um cheirinho a alecrim.

 

Maria de Fátima Mota