ACANTO – Acanthus mollis é uma espécie de planta com flor pertencente à família Acanthaceae. Os seus nomes comuns são acanto, acanto-manso, branca-ursina, erva-gigante, gigante ou pé-de-urso. A espécie foi descrita por Lineu e publicada em Species Plantarum 2: 639, as 939. 1753., no ano de 1753. Planta herbácea perene, de caule simples e erecto, folhas longas, largas, denticuladas, lustrosas e verde-escuras, flores brancas dispostas em espiga. Na Arquitectura, é ornato de capitel que representa uma folha estilizada desta planta, característico da ordem coríntia.
O acanto é uma planta muito típica da nossa região, vegetando sobretudo em zonas frescas (nascente do Lis, por ex.). O recorte filigranado das suas folhas tem sensibilizado os artistas ao longo dos séculos. Na nossa região, para além de decorar alguns capitéis, é visível nas talhas douradas de algumas igrejas.
A ACANTO – Revista de Poesia, teve o seu berço nos Serões Literários das Cortes, aldeia próxima da nascente do rio Lis, a alma viva desta localidade, irrigando as terras limítrofes e a cidade de Leiria, fonte de inspiração de várias gerações de poetas. Esta iniciativa remonta ao ano de 2015, data em que alguns dos tertulianos membros deste grupo, esboçaram a intenção de criar uma publicação regular dedicada à Poesia. Não tendo sido possível a sua criação nessa época, foram contudo lançadas as primeiras sementes que agora parecem germinar com todo o vigor e amadurecimento.
Partindo de um espaço informal de reflexão, experimentação e divulgação da obra de poetas da região, mas também de âmbito nacional e internacional, procurando o estreito diálogo da contemporaneidade com a herança do passado, sempre na forma simples da partilha e promoção da experiência literária, foram dando a conhecer os versos de autores – quer consagrados, quer estreantes – de matizes e rasgos variados, numa deliberada consideração pela diversidade, não ignorando, contudo, as suas origens e o legado dos poetas notáveis do território local.
É justo prestar homenagem aos mentores do projecto e ensejo poético iniciado em 2015, que mesmo não tendo conseguido erigir a revista nesse ano, puderam alicerçar o que hoje é uma firme realidade. Foram eles: Carlos Lopes Pires, Carlos Fernandes, Luís Vieira da Mota, Maria Celeste Alves, Pedro Jordão e Paulo José Costa. A interligar uma e a outra face deste labor, surge no ano 2021, o relevante contributo na criação da identidade estética, imagem e grafismo da revista, o designer Paulo Fuentez.