Nesta época, milhões de pessoas planeiam as suas viagens e reservam alojamento, o que oferece um terreno fértil para os golpistas explorarem as frequentes falhas de segurança. A tecnologia mudou a vida quotidiana de milhões de pessoas, facilitando muitos processos que antes exigiam tempo e deslocações. Entre eles, o planeamento de viagens é um dos que mais se beneficia: hoje, com apenas alguns cliques, podemos reservar passagens aéreas, alojamento ou excursões, sem precisar de nos deslocar pessoalmente a uma agência de viagens. No entanto, esta comodidade também abriu caminho para um novo tipo de fraude digital, que os cibercriminosos estão a explorar.

Durante os períodos de férias, especialmente em junho, julho e agosto, este tipo de fraude torna-se cada vez mais comum. Isto não é por acaso. Durante estes meses, milhões de utilizadores planeiam viagens, compram bilhetes e procuram as melhores ofertas na Internet, o que proporciona um terreno fértil para os fraudadores. Devido ao entusiasmo e à pressa em fazer reservas, muitas pessoas não prestam atenção e não verificam a legitimidade das plataformas utilizadas.

Os cibercriminosos sabem disso e aproveitam-se do chamado «fator emocional», ou seja, o desejo de poupar dinheiro nas férias. Promoções falsas com descontos irresistíveis, ofertas por tempo limitado ou alegada exclusividade são apenas algumas das táticas utilizadas para atrair a atenção das vítimas. A pressa obscurece o discernimento crítico e, em poucos minutos, pode-se cair na armadilha.

Neste contexto, meios de comunicação internacionais, como o Computer Hoy, alertaram para um novo método que ganhou força durante o verão. Segundo a reportagem, os golpistas agora usam inteligência artificial para roubar a identidade de agências, companhias aéreas e hotéis e criar sites e comunicações quase indistinguíveis dos originais, o que torna ainda mais difícil detectar a fraude.

O mais lido

Uma das estratégias mais utilizadas é redirecionar a vítima para um site falso ao cancelar a reserva. Lá, é fornecido um número de telefone aparentemente legítimo. Quando a pessoa liga para o número, um suposto funcionário atende o telefone e, usando técnicas de manipulação e pressão, pede que a vítima realize ações como instalar aplicativos maliciosos ou fotografar documentos pessoais.

Com este simples passo, os criminosos podem assumir o controlo do dispositivo, aceder às contas bancárias e realizar transações não autorizadas, fazendo com que a vítima perca todo o seu dinheiro em poucos minutos.

Se for vítima deste tipo de fraude, os especialistas aconselham a agir imediatamente: desligue o dispositivo infetado e contacte o seu banco para bloquear o acesso e evitar mais perdas.

Embora a maioria destes avisos seja proveniente de organizações internacionais, o cibercrime não conhece fronteiras. Qualquer pessoa, independentemente da idade ou nacionalidade, pode ser alvo destes ataques. Por isso, é essencial manter-se informado, verificar sempre a autenticidade dos sites e agir com cautela se receber uma oferta demasiado boa para ser verdade.

By acanto