De acordo com o especialista Ken Honda, a relação que as pessoas têm com os seus gastos depende das suas experiências individuais. As pessoas têm diferentes crenças e comportamentos em relação à gestão dos seus recursos económicos, que vão desde a necessidade excessiva de poupar até aos gastos compulsivos. Ken Honda, especialista japonês em finanças e psicologia do dinheiro, definiu os sete tipos de personalidade financeira e revelou que a maioria dos indivíduos tem uma combinação de vários deles.
Quais são os sete tipos de personalidade financeira
«Em mais de dez anos de investigação sobre a psicologia do dinheiro e da felicidade, descobri que existem sete tipos diferentes de personalidade financeira. Normalmente, encontramos uma combinação de vários tipos e não apenas um», explicou Ken Honda, autor cujos livros já venderam mais de sete milhões de exemplares, num artigo que escreveu para a CNBC.
Ao falar sobre saúde financeira, segundo ele, uma das coisas que costuma ser esquecida é o tipo de personalidade monetária das pessoas e suas respostas emocionais ao dinheiro, que geralmente são determinadas pelas experiências de vida individuais.
1. O poupador compulsivo
Nesta categoria, o especialista colocou as pessoas que poupam sem parar, às vezes sem nenhum objetivo final. Também aqueles que ficam obcecados com lugares baratos para comprar produtos ou contratar serviços, bem como locais que oferecem promoções.
“Acha que poupar dinheiro é a única maneira de se sentir mais seguro na vida”, indicou. Nesse sentido, ele considerou que um dos problemas dos poupadores compulsivos é que o medo de perder recursos os leva a não gastar e a deixar de fazer atividades que poderiam lhes dar felicidade.
A este tipo de pessoas, o especialista recomendou moderação. «Aprenda a encontrar o equilíbrio entre poupar e aproveitar a vida», aconselhou.
2. Gastador compulsivo
Trata-se de pessoas que tendem a gastar dinheiro em coisas que não precisam. Quem tem esta personalidade compra especialmente quando se encontra em situações emocionais difíceis para obter uma gratificação imediata.
“Com grandes dívidas, os gastadores compulsivos tendem a continuar comprando. Podem até tentar esconder grandes compras de amigos e familiares. Em casos extremos, podem correr o risco de declarar falência”, observou. O conselho de Honda para este grupo é criar um orçamento e se concentrar em despesas essenciais.
3. O gerador compulsivo
São aqueles que gastam grande parte da sua energia em ganhar o máximo de dinheiro e que sentem a aprovação das outras pessoas graças ao seu sucesso financeiro. «Acreditam que ganhar mais é o segredo da felicidade», resumiu o especialista.
O seu único e grande problema é negligenciar as suas relações pessoais por priorizar o crescimento da sua riqueza. Perante isso, Gonza sugeriu esforçar-se para reconhecer que a vida é mais do que dinheiro.
4. Os indiferentes ao dinheiro
São aqueles que raramente pensam em dinheiro ou em planejar suas finanças. Além disso, costumam considerar que o aspecto econômico não deve influenciar as decisões importantes da vida. Em casos extremos, acreditam que o dinheiro é mau ou perverso.
«Muitas pessoas indiferentes ao dinheiro acreditam que só precisam de uma quantia modesta para serem felizes, o que é uma mentalidade saudável, mas as coisas podem piorar se não forem responsáveis com as suas finanças», alertou o especialista, que recomendou pelo menos saber para onde vão os ganhos ou gastos mensais e em que condição financeira se encontram.
5. O poupador-gastador
Estes combinam características dos poupadores e dos gastadores compulsivos. «Começa-se por poupar muito dinheiro, mas, de repente, cede-se a impulsos de gastar. Gasta-se as poupanças em coisas que não são necessárias ou que raramente serão utilizadas», explicou.
O conselho de Honda é, antes de fazer compras ou gastos grandes, pensar nas próximas semanas e na utilidade que essas aquisições teriam, para não ir contra os objetivos financeiros.
6. O jogador-apostador
Trata-se de pessoas que apostam e partilham características com aqueles que procuram ganhar muito dinheiro e que o gastam compulsivamente. «Não é raro que tenham ganhos inesperados ou perdas devastadoras», salienta o especialista.
“A emoção do risco e a promessa de recompensa são um prazer no qual se pode perder rapidamente”, alertou o escritor japonês. A sua recomendação é manter o equilíbrio financeiro e refletir antes de fazer grandes gastos.
7. O preocupado
Essas pessoas estão obcecadas com a possibilidade de perder o seu dinheiro a qualquer momento e, de acordo com Honda, lhes falta confiança nas suas capacidades para alcançar a liberdade financeira.
«É inteligente estar consciente do que pode acontecer, mas deixar que a preocupação e a ansiedade consumam a sua felicidade nunca é bom», disse o especialista. O seu conselho é esforçar-se para compreender a origem das preocupações financeiras, seja com a ajuda de um consultor ou de um terapeuta.