O Euribor a 12 meses, principal indicador para o cálculo dos empréstimos hipotecários com taxa variável em Portugal, voltará a cair em julho e permitirá poupar cerca de 112 euros por mês nos empréstimos hipotecários contraídos há um ano, de acordo com dados do mercado.
A quatro sessões do final de julho, a média do indicador é de 2,070%, contra 3,526% no mesmo mês de 2024, após fechar na sexta-feira com uma taxa diária de 2,058%, ligeiramente acima dos 2,036% registrados ontem.
Em junho, o indicador fechou em 2,081%.
Há um ano, para uma hipoteca média de 150 000 euros com prazo de 25 anos, a prestação mensal era de 752,03 euros, que, se fosse aplicada a média alcançada nas quatro sessões de negociação, seria reduzida para 640,91 euros, ou seja, 111,92 euros a menos.
O Euribor antecipa normalmente as medidas do Banco Central Europeu (BCE) em matéria de política monetária, que na quinta-feira manteve as suas taxas de juro de referência em 2%, depois de ter conseguido reduzir a inflação na zona euro para 2%.
A presidente da instituição, Christine Lagarde, garantiu após a reunião que o BCE não alterará as suas decisões sobre as taxas de juro se «a inflação apresentar um pequeno desvio» e, em algum momento, cair abaixo da meta de médio prazo de 2%.
Lagarde lembrou que as previsões macroeconómicas do BCE já apontam que a inflação em 2026 será de 1,6%, abaixo da meta.
«Mas não vamos alterar a nossa posição em matéria de política monetária devido a um pequeno desvio, porque o que importa é a nossa meta de médio prazo», acrescentou Lagarde, segundo a agência Efe.
Após oito reduções das taxas realizadas pelo BCE desde junho de 2024, os analistas prevêem com cautela as próximas medidas do banco, que dependerão em grande medida do conflito tarifário entre a UE e os EUA.