O fígado precisa de água em quantidade suficiente para eliminar as toxinas do organismo, facilitar a digestão e a absorção correta das gorduras.
O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano: é responsável pela filtragem de toxinas, pelo metabolismo dos nutrientes e pelo armazenamento de energia. No entanto, o seu funcionamento normal pode ser gravemente afetado pela chamada esteatose hepática, uma condição que ocorre quando há acúmulo de gordura nas células do fígado. Esta doença, também conhecida como esteatose hepática, afeta uma parte significativa da população do Peru.
Segundo dados do Ministério da Saúde (Minsa), a esteatose hepática não alcoólica afeta cerca de 30% da população adulta do Peru e muitas vezes não apresenta sintomas evidentes até que a lesão atinja um estágio avançado. Por sua vez, a Segurança Social alerta que o número de casos aumentou significativamente devido a fatores como obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de açúcar e gorduras, além de doenças como diabetes tipo 2.
Nesse sentido, cuidar da saúde do fígado tornou-se uma prioridade. Uma das medidas mais simples, mas ao mesmo tempo mais eficazes, é manter um nível diário de hidratação. Mas quantos copos de água é realmente necessário beber em caso de esteatose hepática?
Quantos copos de água deve beber por dia em caso de distrofia gordurosa do fígado?
A água é essencial para a vida, mas também para o funcionamento normal do fígado. Este órgão necessita de uma quantidade suficiente de água para eliminar as toxinas do organismo, facilitar a digestão e processar corretamente as gorduras.
A recomendação geral é beber de 6 a 8 copos de água por dia, o que corresponde a aproximadamente 1,5-2 litros por dia. No entanto, na distrofia hepática gordurosa, essa quantidade pode variar um pouco, dependendo do seu peso, nível de atividade física, clima e outros fatores de saúde. Uma fórmula simples para calcular a sua necessidade de água: 35 ml de água por cada quilo de peso. Por exemplo, se pesa 70 kg:70 x 35 = 2450 ml, ou seja, aproximadamente 10 copos de água por dia.
Este cálculo é especialmente útil se vive num clima quente ou pratica atividade física, pois nestes casos a sua necessidade pode ser maior. Divida esta quantidade ao longo do dia, bebendo um copo ao acordar, antes das refeições e à tarde.
Beber água constantemente ao longo do dia, em vez de beber tudo de uma vez, ajuda a manter o fígado hidratado e em ótimas condições. Além disso, beber água antes das refeições pode ajudar na digestão e evitar o consumo excessivo de alimentos, o que pode agravar a esteatose hepática.
Outra vantagem importante é que a água ajuda a estimular o metabolismo e a queima de gordura, o que é fundamental no tratamento da distrofia gordurosa do fígado, uma vez que a perda gradual de peso é um dos objetivos médicos mais importantes para as pessoas que sofrem desta doença.
Distrofia gordurosa do fígado
A distrofia gordurosa hepática ocorre quando mais de 5% do peso do fígado é constituído por gordura. Existem dois tipos:
- Distrofia gordurosa hepática não alcoólica (NAFLD): ocorre em pessoas que não consomem álcool em excesso e está associada à síndrome metabólica, obesidade e resistência à insulina.
- Distrofia hepática alcoólica: está associada ao consumo excessivo de álcool.
Embora em muitos casos, nos estágios iniciais, a doença não cause sintomas, o fígado gorduroso pode progredir para condições mais graves, como hepatite gordurosa (esteatopatiite), fibrose hepática e até cirrose.
Os sintomas mais frequentes à medida que a doença progride incluem:
- Dor ou desconforto na parte superior direita do abdómen.
- Fadiga ou cansaço crónico.
- Perda de apetite.
- Náuseas.
- Inflamação abdominal.
- Em alguns casos, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
Por isso, é importante fazer exames preventivos de sangue e ecografias do fígado, especialmente se tiver excesso de peso, colesterol alto ou predisposição familiar.
Fatores de risco para o desenvolvimento de distrofia gordurosa do fígado
As pessoas mais suscetíveis à distrofia gordurosa do fígado são aquelas com síndrome metabólica, especialmente com obesidade abdominal, diabetes tipo 2, resistência à insulina, dislipidemia ou hipertensão. Também estão em risco os idosos (com idades entre 50 e 70 anos), cuja capacidade de regeneração do fígado diminui. Além disso, as mulheres com síndrome dos ovários policísticos ou na pós-menopausa apresentam índices elevados devido a alterações hormonais e metabólicas. Mesmo pessoas com IMC normal (índice de massa corporal) podem desenvolver fígado gorduroso se tiverem níveis elevados de gordura visceral, um estilo de vida sedentário ou predisposição genética.
Outras bebidas que melhoram a saúde do fígado
Além da água, várias bebidas podem contribuir para a saúde do fígado. O chá verde é rico em catequinas, antioxidantes que ajudam a reduzir a inflamação e melhorar a função hepática. O café, em quantidades moderadas, está associado a um menor risco de fibrose e cirrose, graças aos seus compostos biologicamente ativos. Infusões de dente-de-leão ou cardo mariano ajudam a desintoxicar o fígado e estimulam a regeneração celular. Os sumos naturais de beterraba ou cenoura, graças ao seu teor de betalainas e beta-caroteno, ajudam a proteger as células do fígado. Estas bebidas, combinadas com uma dieta equilibrada, ajudam a manter o fígado saudável e funcional.
Por outro lado, o fígado é seriamente afetado pelo consumo de certas bebidas. Uma das mais prejudiciais à saúde é o álcool, pois, em excesso, pode causar hepatite alcoólica, cirrose e esteatose hepática. As bebidas energéticas também são prejudiciais devido ao alto teor de cafeína e aditivos que sobrecarregam o fígado. As bebidas gaseificadas e os sumos processados contêm grandes quantidades de açúcar e xarope de milho, o que contribui para o desenvolvimento de distrofia gordurosa não alcoólica do fígado. Reduzir ou evitar estas bebidas é fundamental para manter a saúde do fígado e prevenir doenças graves do fígado.