Ao morar numa zona antiga da cidade com prédios antigos, é mais normal que elas apareçam. Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, é comum que apareçam visitantes inesperados em casa, e não, não estou a falar dos mosquitos. Estou a falar das baratas, insetos que são especialmente frequentes em prédios antigos e velhos, como o nosso. Foi exatamente isso que aconteceu no nosso prédio.
Com o calor, começaram a aparecer mais baratas. Não era uma invasão nem se podia falar de praga, mas eram suficientemente incómodas e antiestéticas, especialmente porque se concentravam na entrada do prédio. Cansados da situação, decidimos agir e conseguimos eliminá-las seguindo alguns passos bastante simples.
Baratas, nem vivas nem mortas
Sabemos que existem muitos remédios caseiros e soluções de todo o tipo que prometem acabar com as baratas, mas no nosso caso optámos por métodos mais tradicionais e radicais. O resultado foi positivo, embora, em vez de aplicar um produto pontual (o que também fizemos), o que aplicámos foi desenvolver uma estratégia que implicou um pouco mais de esforço.
Vivendo no centro histórico de uma cidade antiga como Granada, é mais comum encontrar construções com muitos anos de existência. No nosso quarteirão, por exemplo, há casas com quase dois séculos de idade, e nem todas estão tão bem conservadas como deveriam.
A combinação entre a antiguidade dos edifícios e as canalizações de água e resíduos, muitas vezes partilhadas ou ligadas a habitações desabitadas, cria um ambiente ideal para o aparecimento de baratas.
A primeira coisa que fizemos na comunidade foi localizar o ponto de origem. Tratava-se de encontrar o ninho ou, pelo menos, o local de onde elas saíam. Finalmente, detectámo-lo na junta de dilatação entre dois blocos, que comunica diretamente com a zona onde se encontra o armário de telecomunicações.
Após vários dias de observação, confirmámos que as baratas saíam desse local. Assim, pudemos descartar a sala dos contadores elétricos (recentemente renovada) e a sala dos contadores de água como focos do problema.
Embora não pudéssemos aceder fisicamente à junta de dilatação, conseguimos fumigar bem a zona com um produto específico para baratas e colocámos várias armadilhas. Além disso, por precaução, também colocámos armadilhas na sala dos contadores de água, perto dos esgotos, e aplicámos inseticida na parte inferior das portas.
No dia seguinte, começámos a encontrar baratas mortas nas áreas tratadas, especialmente junto ao armário de telecomunicações, o que confirmou que tínhamos acertado no plano.
Durante alguns dias, continuaram a aparecer exemplares mortos em diferentes partes do portal, mas a partir daí deixaram de ser vistos completamente. Não voltámos a encontrar nenhum, vivo ou morto, e já estamos praticamente um mês sem sinais deste visitante indesejável.
Como curiosidade, como moramos numa zona antiga da cidade, verificámos que também costumam aparecer baratas nas ruas, vindas de outros edifícios ou mesmo dos esgotos. Por isso, como medida preventiva, de vez em quando pulverizamos repelente e produto anti-baratas na parte inferior da porta de entrada do prédio, para evitar que entrem pela rua em busca de escuridão e humidade onde se refugiar.