Este detalhe, que muitas vezes passa despercebido pelos utilizadores, pode fazer a diferença entre uma transação segura e uma perda milionária. Os caixas eletrônicos, ferramentas cotidianas para milhares de pessoas, tornaram-se o alvo perfeito de gangues criminosas que desenvolvem técnicas cada vez mais sofisticadas para cometer fraudes financeiras. Uma das práticas que mais chama a atenção, especialmente durante o pagamento do prémio semestral, é a instalação de pequenas câmaras ocultas nos caixas eletrônicos, com o objetivo de gravar discretamente as pessoas enquanto inserem a sua senha pessoal.
Este detalhe, que muitas vezes passa despercebido pelos utilizadores, pode fazer a diferença entre uma transação segura e uma perda milionária. De acordo com especialistas em cibersegurança, se uma pessoa notar elementos fora do lugar, como uma peça solta, uma ranhura invulgar ou mesmo um parafuso na parte superior do caixa, o mais prudente é não levantar dinheiro e comunicar imediatamente ao banco.
Como funciona esta técnica fraudulenta?
Embora pareça improvável, a verdade é que os criminosos estariam a aproveitar este último detalhe — parafusos com câmaras ocultas — para esvaziar as contas bancárias das suas vítimas. Na verdade, há mais de quinze anos que são comercializadas câmaras minúsculas concebidas para passar despercebidas.
Essas câmaras espiãs costumam ser tão pequenas que podem passar despercebidas até mesmo pelos olhos mais atentos. Elas são projetadas para capturar o momento exato em que o utilizador digita seu número de identificação pessoal (PIN), o que permite aos criminosos obter as informações necessárias para esvaziar as contas em questão de minutos, se conseguirem clonar o cartão ou acessá-lo por outros meios.
É importante ter em conta que este alerta não afeta apenas a Colômbia, mas é uma técnica que se espalhou para outros países, como Espanha, onde a Polícia e a Guarda Civil alertam que esses dados podem ser acompanhados de skimming, uma clonagem da banda magnética dos cartões, juntamente com fraudes online e e-mails fraudulentos por phishing.
Os locais mais vulneráveis a este tipo de crimes são geralmente os caixas automáticos localizados em áreas com pouca vigilância ou pouco tráfego de pessoas. Foi mesmo alertado que os fins de semana ou feriados, quando há menos supervisão por parte do pessoal, são os momentos em que mais se registam estes dispositivos fraudulentos.
Como se proteger em caixas automáticos?
As instituições financeiras e os especialistas em segurança publicaram uma série de dicas práticas para evitar ser vítima deste tipo de crime:
- Inspecione o caixa automático antes de usá-lo: se observar algum elemento suspeito ou mal ajustado, como uma tampa sobreposta ou uma câmara oculta na parte superior, é melhor não realizar a transação.
Contexto: Saia imediatamente se for adicionado a este grupo do WhatsApp, pois podem esvaziar as suas contas sem que se aperceba.
- Cubra o teclado ao introduzir a senha: mesmo que haja câmaras ocultas, se o utilizador cobrir com a outra mão enquanto introduz o PIN, evita que esta informação seja captada por vídeo.
- Evite caixas automáticos isolados ou mal iluminados: sempre que possível, o ideal é utilizar caixas automáticos dentro de centros comerciais, bancos ou locais com vigilância e fluxo constante de pessoas.
- Verifique frequentemente os seus movimentos bancários: a deteção precoce de transações suspeitas pode limitar o impacto da fraude e facilitar a recuperação dos fundos.
- Comunique qualquer anomalia: perante qualquer irregularidade visual ou técnica no caixa automático, deve informar imediatamente o banco ou ligar para a linha de atendimento ao cliente correspondente.