O magnata fundador da Microsoft está hoje focado no seu trabalho filantrópico: o que pretende fazer com a sua fortuna e os seus planos para o futuro da humanidade. O cofundador da Microsoft e uma das pessoas mais ricas do mundo, Bill Gates, criticou numa entrevista recente a acumulação de riqueza sem propósito social.
Nela, o empresário com um património estimado em mais de US$ 120 bilhões reafirmou seu objetivo de gerar um impacto real no mundo, uma filosofia que defende há anos através do seu trabalho filantrópico.
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Para Gates, as grandes fortunas «são quase ilegítimas, a menos que sejam obtidas de forma muito inteligente». Por isso, há muito tempo que o visionário tecnológico decidiu deixar muito pouco dinheiro aos seus filhos na sua herança.
Em vez disso, o fundador da Microsoft destinará esse dinheiro a causas globais como saúde, nutrição, educação e acesso à tecnologia em países em desenvolvimento, um trabalho que realiza há anos através da Fundação Bill e Melinda Gates.
«Quero que todos tenham acesso à tecnologia»: a nova aposta de Bill Gates
Desde o início da Microsoft, Bill Gates teve uma obsessão clara: democratizar o acesso à informática. Hoje, a sua missão não mudou, mas ampliou-se: garantir que todos, mesmo nos cantos mais pobres do planeta, tenham acesso às ferramentas tecnológicas mais avançadas.
A Inteligência Artificial, segundo Gates, é uma das chaves para essa mudança. «É a ferramenta mais promissora que já tivemos, mas também a mais perigosa se não for bem utilizada», alertou. Por isso, promove a sua utilização em áreas como:
- Saúde pública
- Educação personalizada
- Agricultura sustentável
O multimilionário faz isso através da Fundação Bill e Melinda Gates, que investe grandes somas em programas para combater doenças, reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.
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Em meio à aceleração do desenvolvimento tecnológico, Gates fez um apelo claro: «Precisamos de mais liderança política e menos pressa comercial». Na sua visão, se a inteligência artificial for lançada sem regulamentação ou propósito social, ela pode amplificar a desinformação, a desigualdade e a injustiça.
Para ele, a chave não está em frear a inovação, mas em alinhá-la com valores éticos. E isso implica que grandes empresas, governos e fundações trabalhem juntos para garantir um uso responsável da tecnologia.
Por que Bill Gates não deixará sua fortuna para os filhos?
Longe da imagem do magnata tradicional, Gates afirmou com firmeza que herdar grandes fortunas pode prejudicar as novas gerações. «Não se quer dar esse dinheiro aos filhos e criar uma dinastia. Isso não lhes faz nenhum favor», explicou.
Em vez disso, comprometeu-se a redistribuir a sua riqueza em iniciativas sociais que beneficiem milhões de pessoas. «Trata os outros como gostarias de ser tratado», disse, citando a chamada «regra de ouro» como o seu princípio orientador.
O legado que Bill Gates quer deixar
A história do fundador da Microsoft já está escrita nos livros de inovação, mas a sua visão atual vai muito além do sucesso empresarial. O seu objetivo não é apenas mudar o mundo com tecnologia, mas garantir que o desenvolvimento beneficie todos, não apenas alguns.
Enquanto outros magnatas investem em luxos, ele investe em educação, saúde e acesso digital para os mais vulneráveis. A aposta de Gates não é apenas filantrópica: é uma estratégia para construir um mundo mais justo, mais equitativo e mais preparado para o futuro.