Os novos donos do cão, ao descobrirem que ele era surdo, começaram um processo de treino baseado na linguagem gestual americana, mímica e sinais visuais para comunicar com ele
Zephyr, um cão com deficiência auditiva, foi rejeitado pela sua primeira família, mas encontrou um lar cheio de amor e paciência com os seus novos donos, que partilham a sua história inspiradora nas redes sociais para chamar a atenção para as questões da adoção e integração de animais de estimação com necessidades especiais.
Zephyr, um cão com deficiência auditiva, comoveu o coração de milhares de utilizadores das redes sociais depois de a sua primeira família adotiva o ter devolvido ao abrigo, considerando-o «mal ouvinte» e desobediente, mas um novo casal salvou-o e deu-lhe uma oportunidade que mudou a sua vida para sempre.
No dia em que adotaram a cadela, os seus novos donos repararam na palavra «DEVOLVIDA» escrita em letras maiúsculas no seu cartão, o que os deixou um pouco surpreendidos. Embora no abrigo lhes tenham dito que a cadela não reagia a comandos verbais, eles decidiram dar-lhe uma segunda oportunidade, convencidos de que ela merecia um lar cheio de amor.
A tutora contou a história de Zephyr através da conta do cão no Instagram @my_life_with_zephyr.solo, onde partilhou a história completa, acompanhada de vídeos e fotos que comoviam milhares de utilizadores, mostrando a realidade da vida dos cães com deficiência auditiva e a importância da adoção com paciência e amor.Pode interessar-lhe: A comovente luta de um cachorro pela sobrevivência e a sua difícil batalha contra o tétano
Um novo começo para Zephyr
Zephyr, um cão surdo, aprendeu a comunicar-se através de gestos, mímica e sinais visuais graças ao amor e à dedicação dos seus novos donos, provando que a deficiência auditiva não limita a sua capacidade de ser um companheiro fiel e obediente.
Desde os primeiros dias de vida em comum, o casal suspeitava que o cão tinha problemas de audição.
Uma semana depois, o veterinário confirmou suas suspeitas: o cão estava completamente surdo. «Naquele momento, desabei e chorei no carro, porque finalmente entendi por que os donos anteriores o classificaram como “surdo”», contou a dona em entrevista à Newsweek.
No entanto, eles começaram um processo de aprendizagem baseado na linguagem gestual americana, mímica e sinais visuais, que a cadela aprendeu rapidamente e agora, segundo os seus novos donos, é «a cadela mais atenta» que eles já tiveram.
A tutora conta que, embora no início tenha sido difícil, a dedicação e a paciência foram fundamentais para a adaptação às necessidades de Zephyr. «Percebemos que o amor e a atenção não dependem da audição, mas da compreensão e da capacidade de comunicar à sua maneira», acrescentou.
Graças a este segundo lar cheio de compreensão, segundo os seus novos tutores numa entrevista à Newsweek, Zephyr não só aprendeu a reagir a sinais visuais, mas também se revelou um companheiro fiel e obediente, que quer agradar a todos à sua volta. A sua história faz-nos refletir sobre os preconceitos e valorizar a diversidade no mundo animal.
Causas da deficiência auditiva em cães
A surdez em cães pode ter várias causas, como otite, acúmulo de cera no ouvido, problemas neurológicos ou idade avançada, o que afeta sua capacidade de ouvir e reagir a estímulos sonoros, de acordo com a Purina.
A surdez em cães pode ter várias causas, sendo a mais comum a incapacidade de transmitir o som para o interior do ouvido, de acordo com relatórios da Purina.
Entre outras causas possíveis para este distúrbio, podemos citar a otite aguda, caracterizada por secreções, e a otite crónica, que pode causar estreitamento do canal auditivo.
Além disso, tumores, acúmulo excessivo de cera no ouvido, perfuração do tímpano ou degeneração dos ossos auditivos também podem afetar a audição, de acordo com a Purina.
Quando esses problemas ocorrem, o cão deixa de responder ao seu nome, ignora os sons ao seu redor e não reage a estímulos sonoros.
No entanto, em casos de surdez unilateral, é mais difícil detectar esses sinais.
O ouvido interno também pode ser afetado, pois a surdez é acompanhada por sintomas de desequilíbrio, como inclinação da cabeça e tonturas. Entre as raças mais propensas à degeneração nessa área estão os cães de caça.
Outras causas menos frequentes incluem problemas neurológicos, como tumores ou doenças virais, como cinose, bem como causas tóxicas causadas pela exposição a metais pesados ou certos medicamentos, incluindo certos antibióticos e quimioterápicos.
A surdez também pode ser congénita, especialmente em raças com pigmentação insuficiente da pele e do ouvido interno, e está associada a várias raças brancas, como os dálmatas. Por fim, a Purina relata que os cães idosos apresentam frequentemente presbiacusia, uma perda gradual da audição associada ao envelhecimento.