Uma mulher de Múrcia explicou que o marcador amarelo não funciona nestes casos. Os golpes estão na ordem do dia. Embora os golpes cometidos pela Internet sejam os mais comuns, não se deve perder de vista aqueles que ocorrem pessoalmente. Nestes casos, os envolvidos procuram situações em que podem criar rapidamente uma relação de confiança para que a outra pessoa não suspeite e caia na armadilha. Um dos golpes em lojas que voltou a circular é o «roubo mágico», que consiste em confundir o funcionário para receber mais dinheiro do que lhe corresponde no troco.
Os criminosos costumam tentar confundir a vítima para que ela fique nervosa e não consiga reagir a tempo. Entre as práticas mais recorrentes está a de introduzir notas falsas ou moedas de outras moedas. Este último caso aconteceu a uma mulher de Múrcia, que alertou nas suas redes sociais que um cliente lhe pagou com moedas de dois eslotis polacos, fazendo-as passar por moedas de um euro. No entanto, o seu valor é muito inferior, uma vez que equivale aproximadamente a 47 cêntimos.
Outro golpe que passa despercebido
A farmacêutica murciana Noelia Bermejo, mais conhecida no Instagram como ‘@its.noeliafarma’, partilhou no seu perfil um golpe que sofreu no ano passado e que a levou a procurar outros métodos para verificar notas. No vídeo, a jovem alerta que o clássico marcador amarelo que permite verificar se o dinheiro é legal nem sempre é eficaz: «Isto não costumava falhar, passas-o por um papel que não é verdadeiro e mancha».
No entanto, ela mostra como, ao passar o marcador sobre a nota que um cliente lhe entregou, este não mancha nem deixa qualquer sinal. É o detector automático que finalmente revela que o dinheiro é falso. «Muito forte», expressa indignada a profissional, que já sofreu vários golpes no negócio. Para evitar cair no golpe, ela aconselha não usar tinta como método e dar prioridade ao uso de uma máquina.
A razão pela qual esta técnica, utilizada há muitos anos nos comércios, está a falhar é que os especialistas em falsificações aperfeiçoaram os seus procedimentos. Estes marcadores funcionam graças a uma reação química provocada pelo amido presente no papel comum. Ao contrário de uma folha de papel normal, o material utilizado na fabricação de notas não contém amido, pelo que a caneta não funciona. A Polícia Nacional explica que os criminosos incluem determinadas substâncias que provocam uma resposta semelhante à de uma nota legítima quando se passa o marcador. Por isso, é aconselhável recorrer a outras fórmulas.