Nascer numa família que luta para sobreviver todos os meses pode provocar fatores psicológicos favoráveis no futuro. Nem toda a gente tem a sorte de ganhar um bom salário e poder permitir-se uma vida cheia de caprichos e sem preocupações. Aqueles que cresceram com poucos recursos têm uma vida marcada por uma preocupação constante em poupar o suficiente e chegar ao fim do mês.
A parte da gestão do dinheiro nessas famílias geralmente fica a cargo das figuras paternas. No entanto, a educação que as crianças recebem nessas famílias é influenciada pelas preocupações dos pais, desenvolvendo certas forças que lhes serão úteis no futuro.
Valorizar o trabalho árduo
Talvez a frase «se queres algo, luta por isso» seja um dos melhores exemplos para descrever uma das forças que desenvolvem as crianças que cresceram em famílias com poucos recursos económicos.
Desde pequenos, estas crianças aprenderam com os seus pais que, se querem algo, têm de trabalhar e esforçar-se para o conseguir, nada é dado de mão beijada. O resultado final são pessoas que enfrentam desafios e não hesitam em esforçar-se para os superar.
Maior engenho
Partir um objeto e não ter dinheiro para comprar um novo pode levar uma pessoa a desenvolver o seu engenho para o consertar. Trata-se de uma força que vai germinando com os anos.
Este tipo de pessoas são muito boas a resolver problemas com soluções engenhosas e criativas. É uma força muito útil tanto na vida profissional como na vida pessoal.
Uma melhor gestão do dinheiro
Quando não se tem dinheiro suficiente para comprar o que se quer e precisa, as pessoas aprendem a poupar e a gerir de forma eficaz o dinheiro que têm. Trata-se de uma qualidade muito útil no futuro, quando as crianças aprendem com as decisões que os pais tomam e se tornam adultos.
Neste caso, as pessoas que viveram este tipo de situação tomam melhores decisões financeiras, garantem um futuro financeiro mais seguro e têm menos dívidas.
Desenvolvimento da empatia
Os problemas que uma pessoa pode enfrentar desde pequena ajudam a compreender melhor a situação e as emoções dos outros. São pessoas compreensivas e dispostas a ajudar.
O seu comportamento é mais amável com aqueles que vêem que precisam e criam ligações mais profundas com as pessoas à sua volta.
Resistência
Os problemas constantes podem levar alguém a aprender desde pequeno a não desistir à primeira e a ter maior resiliência perante as adversidades. Não se trata de se levantar uma e outra vez, mas de aprender com cada erro e adaptar-se mais facilmente a novas circunstâncias.
Apreciar a simplicidade
Por não ter dinheiro suficiente para satisfazer todos os seus caprichos desde pequenos, este tipo de pessoas costuma apreciar as coisas simples da vida. Boa companhia, comida caseira, uma conversa sincera são coisas que nem todos valorizam e, por isso, são uma das forças mais raras e bonitas que o ser humano pode ter.
Determinação para ter sucesso
Nascer com poucos recursos é algo que ninguém quer. As crianças criadas nesse ambiente preferem buscar um estilo de vida diferente do dos pais para poder satisfazer a sua criança interior com tudo o que não puderam ter na infância. Para isso, o sucesso em áreas como a profissional é crucial e é algo buscado com determinação por esse tipo de pessoa.
Adaptação
A decepção por algo não ter saído como se esperava é uma sensação frequente nesse tipo de pessoa. Ter planos ou desejos de ter algo e depois não conseguir é algo que permite às crianças adaptar-se a novas situações. Assim, no futuro, elas poderão ter uma melhor adaptação do que as outras.
Modéstia
O sentimento de inferioridade muitas vezes está ligado ao património de uma família. A modéstia é uma característica que as crianças desenvolvem neste tipo de situações, ajudando a desenvolver os seus sentimentos de respeito pelos outros, promovendo um sentido de comunidade e valorizando as contribuições.