Adaptar os parâmetros dos aparelhos à situação e às atividades da divisão é fundamental para poupar
Já vimos noutras ocasiões que a temperatura ideal dentro de casa depende de vários fatores, como por exemplo quem vive nela, se somos muito friorentos ou calorosos, a idade dos habitantes, a humidade ambiente, o tempo que vamos passar no interior, o que estamos a fazer, etc.
Por este motivo, se tivermos ar condicionado instalado em diferentes divisões da casa, selecionar a mesma temperatura e configuração do equipamento em todas elas será, em geral, contraproducente tanto para a poupança de energia como para o conforto, uma vez que cada uma terá as suas peculiaridades e o que pode ser agradável num local pode não ser adequado para outro.
No meu caso específico, temos agora três aparelhos de ar condicionado diferentes (estes são os modelos específicos de que já falámos anteriormente), cada um numa divisão da casa e não, não estão todos configurados da mesma forma, mas optámos por variar sensivelmente os parâmetros de funcionamento para gastar menos e estar mais confortáveis.
Três aparelhos de ar condicionado, três configurações diferentes
Como vimos anteriormente, a temperatura de conforto num ambiente fechado como uma habitação e de atividade «passiva», ou seja, quando não estamos a realizar qualquer atividade física, situa-se no verão entre os 23 °C e os 25 °C. Mas isso não significa que, ao selecionar esta temperatura no termóstato do ar condicionado, já esteja tudo pronto.
Na verdade, o mais provável é que tenhamos frio ou calor, geralmente porque não levámos em consideração outras circunstâncias diversas. No nosso caso, avaliamos coisas como a orientação da divisão, quantas pessoas costumam estar nela, o uso que fazemos dessa divisão e os aparelhos que vão estar ligados. Assim, podemos fazer uma pequena classificação dos quartos:
- Sala principal: orientação sul com três janelas muito quentes, cerca de 20 m² de área, distância até ao ar condicionado de 6 metros, entre 3-4 pessoas dentro e vários aparelhos que geram calor, como uma televisão, o router, descodificador de TV, leitor multimédia e equipamento de som.
- Quarto 1: quarto virado a norte, menos quente, com cerca de 10 m2 de área, distância até ao ar condicionado de 2 metros, uma única pessoa dentro e um PC gaming a gerar calor.
- Quarto 2: escritório virado a sul, quente, com cerca de 9 m2 de área, distância até ao ar condicionado de 1,6 metros, uma única pessoa dentro e um PC normal a gerar calor.
Como podemos ver, os três quartos têm características muito diferentes e, se, por exemplo, selecionarmos a mesma temperatura de 26 ºC em todos, na sala ficaremos com calor, enquanto no escritório ficaremos congelados de frio.
E não se trata apenas da temperatura, mas também é necessário variar a orientação das lâminas para direcionar o jato de ar para diferentes posições, e a intensidade do mesmo é diferente. É assim que fazemos em casa:
- Sala principal: selecionamos cerca de 25 ºC (24 ºC em dias muito quentes) com o jato apontado completamente para cima para maximizar a dispersão até ao fundo da sala. Além disso, a intensidade do ventilador está no nível 3 para que o ar frio chegue mais longe, embora isso implique mais ruído.
- Quarto 1: selecionamos entre 26-27 ºC, dependendo do dia, com o jato apontado completamente para a esquerda e para cima, para que não nos atinja diretamente. A intensidade do ventilador está no nível 1, o mais silencioso, pois é mais do que suficiente para encher a sala.
- Quarto 2: selecionamos uma temperatura entre 28-29 ºC. Pode parecer muito alta, mas como o quarto é muito pequeno, é mais do que suficiente e na zona onde estou sentado tenho uma temperatura real de 25 ºC. O jato de ar está direcionado para a esquerda e com a função EconoCool ativada, que move as lâminas automaticamente para uma melhor distribuição, gastando menos e controlando o fluxo de ar de forma automática.
Com esta configuração, conseguimos atualmente a melhor sensação de conforto e o menor gasto de eletricidade possível. Pode parecer que aumentar ou diminuir alguns graus não é muito, mas se tivermos em conta que por cada grau gastamos entre 5 e 10 % mais de eletricidade, o gasto no final do mês pode ser significativo.