China deixa o resto do mundo para trás: apresenta um comboio capaz de atingir 600 km/h com levitação magnética. Foi durante a 17ª Exposição de Ferrovias Modernas em Pequim, em julho de 2025, que a China apresentou oficialmente o seu novo comboio de levitação magnética (maglev) capaz de atingir 600 km/h, desenvolvido pela empresa estatal CRRC (China Railway Rolling Stock Corporation).

Embora por enquanto seja apenas a primeira fase deste modelo de comboio, a China está no bom caminho para desenvolver o comboio mais rápido do país e um dos mais rápidos do mundo. O Japão defende este título com o seu comboio maglev, Série L0, que atingiu uma velocidade recorde de 603 km/h em testes realizados em 2015.

A chave para tudo isso é a tecnologia maglev (levitação magnética), que permite que o comboio «flutue» sobre os carris, reduzindo o atrito ao mínimo e permitindo velocidades superiores a qualquer comboio tradicional. Embora a baixas velocidades este modelo utilize rodas de borracha, ele muda automaticamente para levitação magnética ao ultrapassar os 150 km/h.

Isso permitiria reduzir o tempo de viagem entre Pequim e Xangai, de cerca de 5,5 horas (com o comboio de alta velocidade atual) para apenas 2,5 horas. Tendo em conta a vastidão do território chinês, trata-se de um avanço muito importante que pode realmente competir diretamente com os voos domésticos. Para contextualizar, permitiria viajar de Bilbau a Málaga em pouco mais de 1 hora e 15 minutos.

Num mundo onde a rapidez e a imediatismo são cada vez mais importantes, este tipo de avanços são cruciais, mas este anúncio já não se destaca apenas pela sua velocidade, pois a tecnologia maglev distingue-se pela sua maior eficiência energética e menor nível de poluição, em comparação com outros sistemas de transporte terrestre e aéreo.

Curiosamente, os meios de comunicação estatais destacam que a China desenvolveu sozinha o seu comboio maglev, mas um artigo académico mostra o apoio da engenharia alemã para o conseguir, ou seja, na Europa existe o conhecimento para realizar tais projetos, o problema parece ser o financiamento.

By acanto